sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Você precisa entender de finanças para ter uma vida financeira equilibrada?

A questão é comum nas conversas que remetem ao tema, muitos pensam que precisam deter conhecimento técnico em finanças para garantir uma vida financeira saudável, mas a solução é bem mais simples do que se imagina.


Então não preciso entender de fundos de investimentos, CDB, ações, debêntures, mercado futuro e também aprender a calcular juros simples, compostos? Dependendo do que você almeja, se você pretende ingressar no mercado de capitais e fazer com que seus investimentos “trabalhe por você” e tenha uma renda ou uma melhor performance dos que investimentos tradicionais como poupança... a resposta é NÃO! Você precisa ter um bom relacionamento com o banco que escolheu para concentrar seus recursos, observar as oportunidades que seu gerente pode lhe sugerir, porém é salutar que você também estude e tenha uma noção básica dos investimentos que porventura optar, não confie cegamente em tudo que tentam lhe vender. No que diz respeito ao mercado de ações o conhecimento requerido é mais denso, visto a volatilidade do mercado e as variáveis que podem embasar sua decisão nos papéis a serem adquiridos.

Mas vamos deixar esta conversa técnica de lado e voltemos a falar sobre o que te fez ler este texto até o momento. Como havia adiantado, finanças pessoais tem mais a ver com comportamento e autocontrole, é concentrando seu foco nos seus hábitos e revendo seu padrão de consumo que conseguirá êxito em sua educação financeira.

Primeiro, vamos distinguir controle financeiro de educação financeira:

Controle financeiro você pode fazer com uma agenda, um caderno de anotações, uma planilha, um aplicativo baixado em seu smartphone, e tal controle servirá de fonte de informações para as duas decisões, tais como: quando comprar, qual parcela cabe no meu orçamento, quais datas são melhores para meus pagamentos, e outras questões que envolvem seu planejamento financeiro;

Educação financeira requer uma mudança de postura, vai além do controle financeiro, e foca no comportamento básico do cidadão de como ele nutre sua relação com o dinheiro: por que comprar, notar a diferença entre desejo e necessidade, compulsão por compras, como lidar com suas emoções diante do bombardeio de propagandas que induzem o consumo desenfreado.

Então, a relação que você tem com os seus recursos financeiros tema ver com seu comportamento, sua postura frente aos seus objetivos, suas necessidades, e principalmente seu autocontrole. Somos diariamente bombardeados com propagandas e artifícios criados com a finalidade de despertar nossas emoções e criar necessidades por produtos e serviços que, por vezes, nem mesmo precisamos ou queremos para nós, mas que simplesmente passamos a desejar.

Não há educação financeira quando não há uma autocrítica do seu padrão de consumo e o que esta postura vem causando em suas finanças, a pretexto de “manter o status” as pessoas compram produtos de que não precisam com dinheiro que não têm para impressionar pessoas de quem não gostam até, para demonstrarem ser quem de fato não são.

Não há receita de bolo para ter uma educação financeira saudável, mas deixarei aqui algumas reflexões importantes para que você mude sua postura a partir da leitura deste texto:

Eu consigo poupar algo do seu salário?
Se eu ficasse desempregado? O que aconteceria?
Se eu permanecesse desempregado por 6 meses, 1 ano, o que eu faria?
Se eu não pudesse mais trabalhar, como ficaria a situação financeira minha família?
Quanto eu teria, se tivesse juntando 20% do meu salário nos últimos 10 anos e aplicado num investimento com 1% de rendimento ao mês?
Eu costumo me planejar bem antes de realizar uma compra ou investimento?
Eu tenho necessidade de comprar tudo que consumo atualmente?

Deixe abaixo nos comentários eventuais dúvidas, críticas e sugestões.

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