sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Entenda o caso Erenice Guerra



Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil é acusada pelo PIG* de traficar influência para beneficiar empresas que contratam serviços de consultoria das empresas ligadas aos seus filhos.
Vamos destrinchar aqui e esclarecer para quem ainda não entendeu o problema.

Empresas dos filhos de Erenice - Os filhos de Erenice possuem empresas de consultoria que auxiliam grandes empresas a preparem toda documentação exigida por bancos e organizações governamentais para financiamento de projetos ou concorrerem a licitações, uma prática comum no país, onde empresas não possuem pessoas de nível técnico para montar toda a papelada que duraria meses para ficar pronta.
As empresas preparam toda documentação exigida pelo banco, neste caso o BNDES, ou para concorrer às licitações, caso dos Correios, e cobram uma taxa inicial sobre a operação e um porcentual caso o empréstimo seja liberado.
Essa prática é contratual e totalmente legal.

A acusação - O PIG* acusa a ex-ministrar de ter privilegiado as empresas que eram clientes dos seus filhos, onde através dela, o financiamento ou licitações eram facilitados em troca de propina.
Rubnei Quícoli apareceu ontem a público dizendo que o filho de Erenice afirmava que a mãe resolveria tudo.
A propina afirmada pelo PIG* e por Rubnei Quícoli seria a comissão e taxa escrita em contrato já citado acima.

Outros exemplos no Brasil – Diversas empresas de consultoria desse tipo operam pelo país de forma legal, posso citar por exemplo, aquelas empresas que formulam projetos para pequenos agricultores solicitarem o PRONAF C perante o Banco do Nordeste.
Visto que trabalhadores rurais demorariam meses para realizar o projeto, ou sequer conseguiriam, procuram essas empresas que realizam o projeto, providenciam a documentação e cobram uma taxa inicial e um porcentual em cima do valor do crédito liberado.

As provas – Aindam não apresentaram provas! Na única motivação de tentar adiar a vitoria da candidata petista para o segundo turno, a única fonte de informação da oposição é o contrato.
O PSDB e o PIG* querem que acreditemos inocentemente nas seguintes insinuações:
·         1. Os filhos de Erenice cobravam propina, atestando a mesma num contrato público para todos verem;
·         2. Erenice, na época acessora da Casa Civil, mandava não só na Casa Civil, mas também no BNDES e nos Correios para conseguir os financiamentos e licitações.

As mentiras – No Jornal Nacional e na Folha de São Paulo foi noticiado que o valor solicitado pela EDRB era de 9 Bilhões, onde foram desmentidos pelo BNDES que afirmou que o valor solicitado foi de 2,25 Bilhões onde o mesmo foi negado pelo banco por não apresentar garantias.
Resumindo... a suposta propina que tanto fala-se ficou apenas no contrato.

Esclarecimentos – 1. Os Correios assim como o BNDES são órgãos independentes que possuem autonomia. Não estão atrelados à Casa Civil.
2. Seria muita burrice cobrar propina num contrato comercial formal, legal e público.
3. A EDRB, empresa que Rubnei Quícoli prestava consultoria o responsabilizou sozinho pelas acusações e disse que o mesmo não presta serviços à empresa.

Ficha suja – Rubnei Quícoli, já foi filiado ao PSDB, entretanto, não tem ficha limpa. Ele foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação.
Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condimentos, que "sabia ser produto de crime de roubo".
Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência do dinheiro.
Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão.

Pergunta final – Quem pagou a Rubnei Quícoli para dizer isso?

*PIG = Partido de Imprensa Golpista

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