segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A hipocrisia do eleitor.


A preciosidade da consciência política de nosso povo ainda está longe de ser a ideal para mudarmos nosso futuro, a ponto de colocarmos para nossos filhos e netos uma vida mais digna e justa. O que vemos são jovens aloprados que odeiam política, mas adoram correntes de e-mail falando da mesma, são jovens que ao serem questionados em quem votaram na última eleição, não possuem megabytes suficientes na memória para tal, são jovens preguiçosos em busca da informação de qualidade, se reduzindo a ler, assistir e ver mais do mesmo.

São os mesmos que escutam Aviões do Forró e dizem “isso que é música”. A nossa juventude não lê, não se informa, sequer assistem debates e horário político mas não perdem a novela das oito, e quando digo isso, não estou generalizando, pois possuem raríssimas exceções que fazem alguma coisa útil nessa fase da vida. O que vemos é uma juventude descomprometida com os rumos do país, onde entram numa universidade sendo analfabetos funcionais que não aprendem a usar o senso crítico, e ser um cidadão capaz de ter vida própria ao tentar mudar o destino do seu município, estado, da sua nação.

Diariamente recebo e-mails de jovens pedindo voto para seus candidatos, falando em combate a corrupção, falando em meio ambiente. Mas aí em pergunto: e na eleição municipal vemos essa consciência? Ou a conveniência e apaixonante alienação não deixa as rédeas serem quebradas?
A hipocrisia tomou conta da juventude alienada, comprável, sem base estrutural que deveriam ter absorvido na família com moralismo, honestidade e comprometimento. As aulas de Filosofia e Sociologia foram em vão, se é que tiveram.

Precisamos melhorar a nossa educação, esse é o fator ímpar para não ficarmos com vergonha de ver tanta baboseira sendo escrita, falada e projetada por jovens que possuem a poderosa arma na mão, o título de eleitor. É essa mesma massa a culpada por toda corrupção que há no país, afinal são eles que votam em deputados clientelistas, sem escrúpulos, que visam enriquecimento ilícito, são eles que elegem coronéis em seus municípios, são eles que montam a base corrupta na sua cidade, no seu estado e sucessivamente em seu país. São os mesmos que depois se vangloriam em dizer que odeiam política, e que são todos safados, como se fossem ilesos no processo, e que não possuem culpa no cartório.

A falta de caráter político do nosso eleitor é completamente igual à falta de caráter de ladrões que se vestem de terno e gravata do congresso, afinal, o congresso nada mais é do que o retrato do seu povo que o elegeu legitimamente.

E por fim elegemos Toms, Emérios, Acms, Soutos e tantos outros que nada mais fizeram que almejar poder para conseguir o objetivo pessoal na carreira política: o de tirar proveito do poder em benefício próprio e da família.

Quanta hipocrisia!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A queda de braço terminou!


O palhaço e medíocre profissional Neymar ganhou a briga por atenção contra o técnico experiente e competente Dorival Junior.

A diretoria do Santos resolveu demitir o técnico, afinal são milhões em jogo, após a decisão do mesmo em suspender o marrento Neymar para o clássico contra o Corinthians.

O que vemos não é apenas uma queda de braço, mas sim como o futebol passou dum esporte para se tornar uma mercadoria como qualquer outra. A indisciplina é vista como minúscula diante dos milhões que o jogador carrega em seus pés.

A atitude da diretoria do Santos é repudiável, criando no cenário futebolístico o mais puro capitalismo perverso, onde princípios são muito inferiores diante duma montanha de dinheiro que porventura o clube vier a lucrar.

Mano, técnico da seleção brasileira, deu o corretivo que o menino mimado precisava e que o Santos impediu do Dorival continuar. O técnico da seleção repudiou a atitude do clube praiano em apenas uma frase: "quando ele tiver apenas jogando futebol, ele estará na seleção". Um tapa na cara de Neymar e da diretoria do Santos

O Brasil é um celeiro de futuras promessas, meninos que vivem a infância sonhando com o sucesso nas chuteiras, e esse despreparo dum país com tantas desigualdades e sem educação de qualidade faz esse choque cultural entre o ter quase nada e de repente o ter quase tudo.

Cada vez mais o futebol deixa de ser esporte e passa a ser mais uma mercadoria como detergente, macarrão e qualquer outro produto que adquirimos em supermercado.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Entenda o caso Erenice Guerra



Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil é acusada pelo PIG* de traficar influência para beneficiar empresas que contratam serviços de consultoria das empresas ligadas aos seus filhos.
Vamos destrinchar aqui e esclarecer para quem ainda não entendeu o problema.

Empresas dos filhos de Erenice - Os filhos de Erenice possuem empresas de consultoria que auxiliam grandes empresas a preparem toda documentação exigida por bancos e organizações governamentais para financiamento de projetos ou concorrerem a licitações, uma prática comum no país, onde empresas não possuem pessoas de nível técnico para montar toda a papelada que duraria meses para ficar pronta.
As empresas preparam toda documentação exigida pelo banco, neste caso o BNDES, ou para concorrer às licitações, caso dos Correios, e cobram uma taxa inicial sobre a operação e um porcentual caso o empréstimo seja liberado.
Essa prática é contratual e totalmente legal.

A acusação - O PIG* acusa a ex-ministrar de ter privilegiado as empresas que eram clientes dos seus filhos, onde através dela, o financiamento ou licitações eram facilitados em troca de propina.
Rubnei Quícoli apareceu ontem a público dizendo que o filho de Erenice afirmava que a mãe resolveria tudo.
A propina afirmada pelo PIG* e por Rubnei Quícoli seria a comissão e taxa escrita em contrato já citado acima.

Outros exemplos no Brasil – Diversas empresas de consultoria desse tipo operam pelo país de forma legal, posso citar por exemplo, aquelas empresas que formulam projetos para pequenos agricultores solicitarem o PRONAF C perante o Banco do Nordeste.
Visto que trabalhadores rurais demorariam meses para realizar o projeto, ou sequer conseguiriam, procuram essas empresas que realizam o projeto, providenciam a documentação e cobram uma taxa inicial e um porcentual em cima do valor do crédito liberado.

As provas – Aindam não apresentaram provas! Na única motivação de tentar adiar a vitoria da candidata petista para o segundo turno, a única fonte de informação da oposição é o contrato.
O PSDB e o PIG* querem que acreditemos inocentemente nas seguintes insinuações:
·         1. Os filhos de Erenice cobravam propina, atestando a mesma num contrato público para todos verem;
·         2. Erenice, na época acessora da Casa Civil, mandava não só na Casa Civil, mas também no BNDES e nos Correios para conseguir os financiamentos e licitações.

As mentiras – No Jornal Nacional e na Folha de São Paulo foi noticiado que o valor solicitado pela EDRB era de 9 Bilhões, onde foram desmentidos pelo BNDES que afirmou que o valor solicitado foi de 2,25 Bilhões onde o mesmo foi negado pelo banco por não apresentar garantias.
Resumindo... a suposta propina que tanto fala-se ficou apenas no contrato.

Esclarecimentos – 1. Os Correios assim como o BNDES são órgãos independentes que possuem autonomia. Não estão atrelados à Casa Civil.
2. Seria muita burrice cobrar propina num contrato comercial formal, legal e público.
3. A EDRB, empresa que Rubnei Quícoli prestava consultoria o responsabilizou sozinho pelas acusações e disse que o mesmo não presta serviços à empresa.

Ficha suja – Rubnei Quícoli, já foi filiado ao PSDB, entretanto, não tem ficha limpa. Ele foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação.
Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condimentos, que "sabia ser produto de crime de roubo".
Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência do dinheiro.
Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão.

Pergunta final – Quem pagou a Rubnei Quícoli para dizer isso?

*PIG = Partido de Imprensa Golpista

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Serra não faz o dever de casa.


O mesmo lenga-lenga de toda eleição presidencial volta a atormentar na telinha do do PIG*, a estratégia é a mesma: tentar de qualquer forma atingir o candidato de eleger-se no primeiro turno. A tentativa é notória! Não há saco pra tanto blá-blá-blá de receita, de quebra de sigilo, de genro e esposa do Serra.

O candidato utiliza seu tempo na TV para ficar atacando a candidata e esquece de fazer o dever de casa e elaborar projetos para o Brasil.

Não se vê propostas na fala do candidato tucano, o que se ver é “o Brasil pode mais”, “vamos avançar ainda mais”, “vamos ampliar”, “vamos melhorar” e não vemos números, metas ou qualquer outro tipo de estimativa exata. É realmente uma enrolação total.

O despreparo e desespero de José Serra é visível pela tentativa desesperadora de atingir Dilma e provocar pelo menos um adiamento da vitória da candidata petista.

Não tem jeito, a mídia cada vez mais se junta ao PSDB e DEM, tornando-se decadente na sua formação de opinião. O povo começou a ter vontade própria e senso crítico, deixando de lado a alienação da telinha, fazendo da mesma uma fonte de informação, deixando de tratá-la como verdade absoluta.  

* 1.PIG (Partido de Imprensa Golpista)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nove de setembro!


Nove de Setembro, uma data marcante em minha vida, aos nove dias de setembro eu vim a esse mundo para viver intensamente e fazer minha missão. Porém essa data é cheia de surpresas pra mim, nunca imaginaria que ela reservaria isso.

Foi aos nove dias se setembro do ano de dois mil e sete que me despedi de minha mãe nesta vida aqui na terra, foi uma facada no peito, dois anos lutando contra o câncer, sofrendo coletivamente com a família, mas infelizmente o que ninguém queria... ocorreu.

Aprendi muito com isso! Percebi que não somos nada diante de todo um poder que está acima de todos nós, o poder natural da mortalidade. Somos matéria viva hoje e posso ao meio desse texto virar matéria morta, ou posso viver 125 anos. Foi uma dor terrível, um presente de aniversário grego, mas não teria o que reclamar da vida, ela ainda me propicia muitas vitórias, glórias e felicidade.

O vazio no peito é grande a não ver mais ao meu lado aquela que mais me amou nesse mundo, de não vê-la ao meu lado a cada conquista alcançada, de não tê-la ao meu lado nos momentos que mais preciso para continuar nessa jornada.

Se o tempo pudesse voltar e pudesse me redimir das grosserias e rebeldias de adolescente, faria tudo totalmente diferente. Quanto me arrependo de ter dado valor a coisas fúteis e não ter atentado que o tempo seria o senhor do meu destino e que me faria pela dor mudar minha visão do verdadeiro significado da vida. Foi e está sendo duro encarar cada setembro que chega, é um mês de lembranças, reflexões, sofrimento. Mas há uma força estranha que não me faz desistir e cair aos prantos de forma desesperada.

Hoje aos nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e dez, moro longe de todo restante de minha família e não encontro em nenhuma parte do mundo, nada que faça preencher esse vazio enorme que fica dentro de mim.

Cursando Administração de Empresas pela UNEB descobri que escolhi a profissão correta, até na data, pois é nessa data que comemoram o dia do Administrador de Empresas, em meio a tantas coincidências do destino.

Aos que cometem os mesmos erros que cometi, deixo meu aprendizado. Valorize sua mãe, não importa o que ela seja, ela é única, um ser magnânimo que consegue te amar sem cobrar nada em troca, ela consegue te amar mais que a si mesma. Não deixe para reconhecer isso quando for tarde demais, respeite-a, venere-a, idolatre-a, é o mais belo dos seres habitam nessa esfera terrestre. Faça com que ela sinta orgulho de você, ouça seus conselhos, escute-a sempre, mesmo que não concorde com tudo que ela dirá.

Precisava compartilhar isso, desculpem-me se fui meloso, melancólico demais. Desculpem-me por não concluir o texto de forma coesão, as lágrimas não deixam eu escrever mais do que isso.