segunda-feira, 30 de maio de 2011

A preferência do torcedor brasileiro e da imprensa.

É notória e incontestável a influência da mídia nos lares brasileiros, podemos tomar como exemplo a maior paixão brasileira, o futebol, e como ela consegue influenciar na escolha de quais times os brasileiros terão aptidão em torcer.

Na década de 80 a mídia televisiva não mostrava outra coisa a não ser jogos e reportagens do Flamengo, o mesmo foi se estendendo aos times do rio de janeiro como Vasco, Botafogo e Fluminense e depois pelos times como São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos, quando um desses estavam fazendo mais sucesso que outros. Quase não existia canal de televisão e rádios regionais, a Globo e a Rádio Nacional, eram praticamente os únicos canais assistidos e ouvidos em toda região Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Nos estados dessas regiões, os times de futebol do estado eram conhecidos apenas nas capitais e pouco divulgados no interior. Como se ouvia falar muito nos demais times, não vemos tanta gente dessa geração no interior dos estados citados torcendo por times do seu estado. E isso foi passando através das gerações.

Hoje o cenário modificou um pouco, mas ainda encontramos municípios que não passam programação local, inclusive em povoados distantes dos grandes centros, o que ainda deixa o povo escolher times de outros estados nas competições futebolísticas.

Como hoje as emissoras de televisão e rádios chegam em todos os lugares, não somente a Globo, o povo começou a ter outras opções. Praticamente toda região hoje tem sua estação de rádio AM e FM. O time local é mais divulgado.
O cenário ainda é tão engraçado, que vemos a região nordeste, que têm seus principais times (Bahia, Sport e Vitória) respectivamente na sexta, sétima e oitava colocação em número de torcedores nordestinos, ficando atrás de Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Vasco na sua própria região.

Já nas capitais brasileiras vemos uma predominante vantagem dos times locais. Em Salvador o Bahia lidera com 38% dos torcedores soteropolitanos, o Vitória vem logo atrás com 21% da torcida baiana, logo após vemos o Corinthians com 5% deles e o Flamengo em quarto lugar com 4%. Em Recife o Sport fica com 35%, Náutico com 19%, Santa Cruz com 16%, o mais bem colocado que não pertence ao estado é o Corinthians com apenas 4%.

Os dados, aqui abordados por mim, foram coletados pelo instituto de pesquisa Data Folha realizada entre os dias 14 e 18 de Dezembro de 2010. O Datafolha ouviu 11.258 pessoas no Brasil, com idade acima dos 16 anos.

Link da pesquisa completa: http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=965

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Seria o início da reforma tributária?

O jornal não é dos melhores... além de cheirar mal, é golpista, mas a notícia é boa!

“O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (27) que o governo vai editar medida provisória sobre a desoneração da folha de pagamento. É possível até zerar a contribuição patronal para a Previdência, atualmente em 20%, sobre os salários. Isso deve ocorrer de forma gradual, em até três anos, disse ele.” Jornal Folha do Estado de São Paulo

A intenção é muito boa, afinal, desonerar o fator que a maioria das microempresas justificam por não regularizar a vida trabalhista de seus subordinados, é com certeza uma atitude louvável e que trará diversos benefícios para a classe trabalhadora. Porém precisaremos ainda contar com a votação da câmara dos deputados e do senado federal na busca pela aprovação da prosposta.

O Governo pretende desonerar as contribuições previdenciárias por parte das empresas, que hoje está na casa dos 20%, nos próximos quatro anos. É uma medida corajosa, que trará uma considerável queda proporcional na arrecadação de tributos, porém com uma expectativa de aumentar a contribuição para a previdência.

Uma faca de dois gumes, que pode sair caro ou barato ao Estado, mas que é um ótimo ponto de partida para assim começarmos de vez a discutir reforma tributária nesse país.

Mas com tanta reforma que o país precisa, ainda não vemos tanto empenho, por parte de nossos legisladores para resolvermos questões que, entra governo e sai governo, não saem do discurso manjado que sempre escutamos repetidas vezes.

Outro passo importante seria desafogar as microempresas que ainda suam para conseguirem solidez nesse mercado brasileiro que além de muito competitivo, conta com o sócio sempre presente, o Estado, que sem suar muito fica com quase metade da riqueza produzida.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

E o nosso Forró? Está morrendo?

Olá meu povo... primeiramente gostaria de pedir desculpas pela ausência que tive durante esses meses nas postagens do blog. Estava escutando músicas do verdadeiro forró e comecei a perceber o quanto ausente ele está na nossa região. Quando me refiro a verdadeiro forró, faço referência à Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Alceu Valença, Fagner, Flávio José, Alcymar Monteiro, Adelmário Coelho.

O que vemos é uma sangria onde cada vez mais, idiotas criam grupos musicais para agredirem nossa cultura e denegrir ainda mais a imagem do nosso povo nordestino. Gostaria de compartilhar com vocês um texto de Ariano Suassuna que toca exatamente nesse assunto:

"Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
 
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.
 
Porém o culpado desta ‘esculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
 
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.”
                                            Ariano Suassuna

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Capitalismo acabará no Brasil


Seria possível um dia os principais tablóides nacionais noticiarem tal fato? Eu não acredito em tal utopia, já que o princípio socialista está longe de começar a nascer em nossos lares e em nossa educação.

Estamos num país que cheira consumo e incentiva a auto-realização através do acúmulo de capital, da exploração do seu semelhante, através de jornadas de trabalho exaustivas, salários baixos e lucros exorbitantes. Mas o capitalismo está longe de se resumir apenas nos meios de produção, já que nossa cultura enraizada já se faz presente em pequenos atos, como fazer o favor de comprar algo para alguém e colocar o “lucrozinho” em cima do valor real da mercadoria, o de festejar datas comemorativas através de troca de presentes, incentivar alguém a fazer algo dando-lhe uma “pontinha por fora”.

O capitalismo meu amigo é bem mais do que pensamos e imaginamos, não se resume a instituições financeiras, mas se expande também pelo desejo insaciável de trocar seu carro pelo novo modelo que a televisão insinua ser para os mais competentes, tomar o Whisky que tem o mesmo sabor do outros, mas o valor de cifras inacreditáveis, ingerir alimentos de péssima qualidade, mas usar Adidas, Lacoste, Ellus e mostrar que você também quer ser aceitável nessa sociedade capitalista.

Vejo em nosso país um falso discurso socialista, onde a incessante busca pelo acúmulo do capital não é deixado de lado, e a preocupação pelo próximo está longe de ser prioritária.

Socialismo no Brasil só tem valor quando as palavras saem da boca de quem compartilha seu próprio salário para matar a fome dos seus semelhantes, do contrário seremos um monte de “Plínios de Arruda” que se denominam socialistas, mas acumulam patrimônios milionários.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A mídia como ela é!


A mídia mais uma vez mostra sua verdadeira face e revela a que interesses defende.  A notícia da prisão de Julian Assange, fundador do Wikileaks, veio como mel para a mídia que insiste em defender sem procedentes os ideais norteamericanos.

Wikileaks é um site que divulga milhares de documentos secretos da defesa norte-americana sobre fatos como a guerra no Iraque e no Afeganistão, mostrando que interesse tinha realmente nessas missões as tropas estadunidenses.

Para evitar maiores constrangimentos, a mídia global, patrocinadas pelo dinheiro norteamericano, tratou de tentar descredenciar os conteúdos confidenciais da CIA divulgados pelo site mesclando com um ato falho por parte do dono de seu site.

Através duma manobra maqueada o governo estadunidense tenta retirar o site do ar, através de ataques hackers e medidas legais, na tentativa de resgatar alguma credibilidade em seus interesses de invadir o Irã e Coréia do Norte.

O mais engraçado disso tudo é que vimos meses atrás essa mesma mídia criticar à China pela sua censura ao Google e à Cuba pela não liberação total do conteúdo disponível na internet. O mesmo tratamento não ocorre quantos se trata do império ianque, que detém os meios de comunicação nas mãos através das convenientes e fidelíssimas classes burguesas.

Eu não aguento mais ter que tomar Dramin B6 para conseguir assistir um Jornal Nacional inteiro!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O estado e sua responsabilidade.


“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”

O texto acima poderia facilmente preencher espaço num conto de fadas e servir de instrumento para ninar nossos filhos, sobrinhos e netos. Quem dera fosse, mas o texto acima está no caput do artigo 5º da nossa Constituição Federal.

Poucos jovens de ensino médio conhecem ou sequer ouviram falar em nossa Constituição, num país que não respeita sequer sua carta Magna. Disciplina como Educação Artística parece ser mais importante que a noção da nossa Constituição Federal. O brasileiro aprende empiricamente como se adequar à legislação do país e sofre na pele por não conhecer seus direitos e garantias fundamentais.

A técnica é simples: deixar o povo na escuridão do conhecimento, para manipular e mantê-los na alienação tão sustentada pela mídia e a classe rica brasileira.


Deveríamos ter um conceito constitucional em todo ensino fundamental, juntando com isso um enfoque maior à Filosofia e Sociologia, para assim possibilitarmos em nosso país futuras gerações conscientes, que escolham corretamente seus representantes e cobrem dos mesmos atos de legisladores que se comprometem com o país.

Até lá teremos que aturar um Estado sucateado, sem respeitar e garantir os direitos que deveriam ser primordiais na vida do brasileiro, onde a presença do Estado é vista apenas quando um bando de soldados com armas tomam conta das ruasde alguma cidade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Correio da Bahia ou duas caixinhas de Chiclets?


Estava eu na banca de revistas escolhendo minha fonte de informação quando me deparei pelo barato. Lembrei da musiquinha “Correioo, correiooo o que a Bahia quer saber!”, lembrei também que é informação por apenas cinquenta centavos. O troco que recebi ao pagar minha revista era exatamente isso: cinquenta centavos!

Foi a decisão mais complicada que tive naqueles 15 minutos: Comprar o Correio da Bahia ou duas caixinhas de Chiclets sabor hortelã? Fui pela oferta, comprei o que a Bahia quer saber e gastei meus valiosos cinquenta centavos!

Ó Céus! Ó vida! Que arrependimento. Ao ler aquela bagaça me arrependi e comecei a sentir o sabor do Chiclets que eu poderia estar usufruindo, mas optei por comprar um jornaleco de terceira que possui 99,9% do seu conteúdo de anúncios publicitários e quando há alguma informação... é a mesma informação publicada no O Globo, material este gratuito pela internet, e pra acabar de completar tive que  aturar análise econômica de Mirian Leitão.

Um panfleto que não está preocupado com informação, mas em apenas atingir o primeiro lugar em circulação no estado simplesmente por status, pois não possuem qualidade técnica para assumir tal posto. Impresso num papel de péssima qualidade que não dá pra suprir sequer as necessidades fisiológicas nas horas que o tradicional papel higiênico falta.

É a treva!

Da próxima vez vou optar meu troco tradicional do Chiclets!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A nova classe universitária brasileira


Em meio a tantos pontos negativos em nossa educação, temos um motivo pra comemorar, afinal um novo horizonte está visível no mundo acadêmico. Dados de 2009, comparados ao levantamento de 2002 do IBGE, demonstram que houve um acréscimo de 300% do número de universitários que pertencem à classe D.

Em 2002 quase 25% dos alunos eram da classe A, 30% da classe B, 40% da C e apenas 5% da classe D. A história mudou e com políticas públicas de inclusão universitária como o Prouni e cotas surtiram efeito. Em 2009, o número de universitários da classe D (15,3%) já era o dobro do da classe A (7,3%). O número absoluto de alunos com renda maior se manteve estável, mas o de estudantes com menor poder aquisitivo, com renda familiar de um a três salários mínimos, cresceu muito.

Os estudos mostram também que os universitários da classe pobre estudam mais do que seus pais estudaram: Apenas 10 % dos jovens da classe A estudaram mais do que os seus pais, na classe C, 68% dos jovens estudaram mais que os pais, e, na classe D, 72% dos jovens estudaram mais do que os pais. É a primeira geração de universitários na família da nova classe média brasileira.

Não tenho dúvidas que, caso nosso país permaneça com políticas públicas que dão certo, não teremos problema de alcançar um patamar elogiável em nossa educação.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O grande problema das cidades pequenas


Quando se fala em cidades do interior, logo lembramos de ruas tranqüilas, trânsito morno, vagas para estacionar, praças, tranqüilidade, paisagismo natural, correto? Infelizmente não é bem o que vemos nessa nova ordem das cidades interioranas, com crescimento a todo vapor, e sem planejamento urbano necessário.

Vemos ruas sendo abertas com espaço pequeno, para economizar na rua e sobrar espaço para os lotes a serem vendidos, nos loteamentos abertos não vemos espaços para praças ou lugares para lazer. Não vemos um planejamento urbano para as cidades. Estamos cometendo os mesmos erros que as grandes cidades cometeram décadas atrás, onde a cidade cresce desordenadamente sem controle e sem estratégia.

No Brasil temos dois modelos de metrópoles que tiveram um planejamento urbano, são elas Brasília e Belo Horizonte, onde seguem uma urbanização ordenada e controlada, outras capitais buscam planos de desenvolvimentos urbanos em busca de desfazer o estrago, como Salvador. Em Goiânia, quando um loteamento é aberto, ele recebe pavimentação, água encanada e energia elétrica, antes do levantamento da primeira residência.

Precisamos alertam os prefeitos das cidades interioranas que não podemos crescer sem projetar novas praças, sem dar espaço suficientes para ruas e avenidas, que não precisamos crescer sem dar lazer e conforto ao nosso povo, secretários de infra-estrutura precisam acordar para esse problema. Nossas ruas começam a ficar pequenas, percebemos isso nos centros comerciais e não encontramos vagas para estacionamento.

Cidades pequenas de 10 mil a 100 mil habitantes precisam começar a repensar no seu modo estratégico de se expandir. Não podemos ficar crescendo de forma desordenada como as imobiliárias, construtoras e donos de lotes querem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A hipocrisia cristã na vida, e a santidade nas eleições


O norte do debate eleitoral mudou, o candidato brochante José Serra (não sobe nem com Pramil) conseguiu transferir o debate eleitoral em busca duma reação nas pesquisas de opinião.

Nesse segundo turno poderíamos estar discutindo reforma previdenciária, tributária, política, mas não, preferem falar somente sobre aborto e agregar uma ala de hipócritas que são contra a legalização do aborto nesse país ainda carente de senso crítico.

O cristão brasileiro empresário diariamente sonega imposto, não paga o que deveria aos seus funcionários e quando paga, pega uma miséria, nega direitos trabalhistas aos seus subordinados, o explora diariamente, faz da sua empregada doméstica uma escrava do lar, fatura quantias exorbitantes, chama o bolsa-família de bolsa-esmola, está somente preocupado com a vida espiritual e busca a igreja para sanar seus desejos capitalistas e mercenários. Mas no que diz respeito ao aborto a santidade bate à sua porta e seu moralismo depravado se desfaz diante dum surto de cristandade.

O que vemos é uma HIPOCRISIA!
 
Tratar do aborto no Brasil é mais do que uma questão religiosa, é uma questão de saúde pública. Se Jesus voltasse hoje ele expulsaria novamente os religiosos e reestruturaria os templos cristãos.